A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 18, a Operação Antiquários que apura a subtração de obras de arte pertencentes ao Museu Imperial, localizado em Petrópolis (RJ).

Em nota, a PF informou que estão sendo cumpridos três mandados de busca e apreensão nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia com o objetivo de localizar as peças e aprofundar as investigações do crime de furto qualificado. Os mandados foram expedidos pela 6º Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

De acordo com a PF, em 1999 houve uma doação por escritura pública de um imóvel e de aproximadamente 4.000 obras ao Museu Imperial. As investigações do inquérito policial apontam que, no ano de 2014, parentes dos próprios doadores possam ter se aproveitado desta condição para subtrair diversos itens doados, antes da incorporação definitiva das peças ao acervo do Museu e, após o falecimento do último doador, que permanecia com a propriedade dos bens na condição de usufrutuário.

As investigações contam como o apoio do próprio Museu Imperial. As obras subtraídas encontravam-se na Casa Geyer no Cosme Velho e suspeita-se que os investigados faziam de suas residências e escritórios, galerias privadas com o acervo desviado.

As penas do furto qualificado podem chegar a 8 anos de reclusão e multa.

Defesa

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O advogado Antônio Sérgio de Moraes Pitombo, que defende a família Geyer, disse em nota que a relação da família com o Museu Imperial “sempre foi pautada pela transparência e cordialidade”. “O reconhecimento da propriedade de objetos é um problema bilateral e a busca e apreensão só ocorreu em razão da provável falta de comunicação entre o Museu Imperial e o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, pois todo o acervo dos herdeiros sempre esteve à disposição para confrontação e análise”, afirmou Pitombo.

O advogado também afirmou que a “família mantêm-se à disposição para auxiliar na compreensão dos fatos, e pretende tomar providências no sentido de clarificar a natureza, qualidade e titularidade dos objetos, pois sempre os herdeiros se pautaram pela boa-fé na relação com os representantes do Museu Imperial”.


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