A paralisação do processo de referendo revogatório do mandato do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, confirma o “rompimento democrático” naquele país, denunciou nesta sexta-feira o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, Luis Almagro.

“Hoje estamos mais convencidos do que nunca do rompimento democrático na #Venezuela. Chegou a hora de adotar ações concretas “, escreveu Almagro no Twitter.

“Só as ditaduras despojam seus cidadãos de direitos, desconhecem o legislativo e têm presos políticos”, acrescentou a máxima figura da entidade regional.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) decidiu na quinta-feira adiar a coleta de quatro milhões de assinaturas (20% do colégio eleitoral), previsto entre 26 e 28 de outubro como último passo para a convocação do referendo.

A decisão provocou uma sequência de tuítes de parte de Almagro, que tinha alertado que Maduro se tornaria um “ditadorzinho” se impedisse o referendo revogatório.

“Deixar o povo da sem direitos eleitorais é de manifestou deixar sem legitimidade de origem a “, escreveu Almagro, ex-chanceler do Uruguai.

Em outro tuíte, o diplomata acusou o CNE “deixar o povo da #Venezuela sem direito a se expressar” e negar “seu direito constitucional de revogar em 2016” a Maduro.

Já Almagro tinha denunciado ao CNE, ao qual a oposição acusa de ser aliado do governo, depois que a entidade tinha cancelado a possibilidade de um referendo este ano como queria a oposição.