Quando Kevin Durant anunciou que deixaria o Oklahoma City Thunder para se juntar ao Golden State Warriors, ao final da última temporada, enquanto os fãs do time californiano comemoravam a contratação de um astro, os torcedores dos outros times se revoltaram, achando que aquilo poderia causar um forte desequilíbrio na liga e a lembrança de quando LeBron James decidiu deixar o Cleveland Cavaliers para “levar seus talentos” para o Miami Heat foi inevitável.

Na ocasião, em 8 de julho de 2010, o astro anunciou a sua mudança de time em um programa de TV, com grande cobertura da mídia especializada no mundo inteiro. O jogador optou por deixar o time de sua cidade natal para atuar ao lado de Dwayne Wade e Chris Bosh, outras duas grandes estrelas da NBA, na Flórida e ter chance real de ganhar um título, algo que não conseguiu nos sete primeiros anos de sua carreira.

A aposta deu certo e LeBron James chegou em quatro finais enquanto defendeu o Miami Heat, ganhando o título em duas oportunidades. Mas se o sucesso esportivo veio, o jogador criou animosidade com os demais torcedores, que o acusaram de formar uma “panela” com seus amigos e desequilibrar a liga, exatamente o que aconteceu mais recentemente com Kevin Durant. MVP da temporada 2013/2014, ele chegou em um time fortíssimo, finalista nos dois anos anteriores e dono da melhor campanha da história em 2015/2016, com 73 vitórias em 82 jogos.

Apesar de passar a fazer parte de uma equipe que já contava com estrelas do quilate de Stephen Curry, Klay Thompson e Draymond Green, Kevin Durant não se intimidou e rapidamente mostrou a sua qualidade, se consolidando como principal arma ofensiva do Warriors. Se na temporada regular foi o segundo em pontuação – 25,1 pontos por jogo, contra 25,3 de Stephen Curry -, na fase final ele assumiu a responsabilidade e teve médias incríveis na série decisiva com 35,2 pontos, 5,4 assistências e 8,4 rebotes.

Com números como esses, Kevin Durant foi uma escolha quase unânime como jogador mais valioso da final, superando seus companheiros e também LeBron James, que, apesar de derrotado, teve média de “triple-double” (dois dígitos em três fundamentos). Ele, porém, não “quebrou a escrita” que dura desde 1969, quando, pela única vez, um atleta derrotado na decisão foi eleito MVP. Na ocasião Jerry West, do Los Angeles Lakers, conquistou a honraria apesar da derrota para o Boston Celtics.

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