Mais diplomacia e menos destruição. Esse foi o recado que o presidente dos EUA Barack Obama transmitiu ao mundo na sexta-feira 27 ao pisar Hiroshima na primeira visita de um líder americano à cidade japonesa desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Em seu discurso no Memorial da Paz, como já era previsto, Obama não se desculpou pelo uso da bomba atômica que dizimou 140 mil pessoas em 6 de agosto de 1945, mas afirmou que o mundo tem a responsabilidade de encarar diretamente a história, questionar o que deve ser feito para evitar novos sofrimentos dessa magnitude e solucionar conflitos pela via diplomática, abandonado a terrível capacidade humana de destruir. Ainda hoje Hiroshima enfrenta problemas decorrentes do bombardeio e gerações nasceram com deformações físicas devido à radiação. No apagar das luzes de seu segundo mandato, Barack Obama, mesmo sem conseguir encerrar efetivamente os conflitos que envolvem os EUA desde 11 de setembro, segue na tentativa de pacificação, um de seus lemas enquanto presidente. Seu gesto no Japão não minimiza o fato histórico, mas traz a esperança de que a bomba que constrange os americanos pode servir de lição para a humanidade.