Foi a própria presidente Michelle Bachelet quem publicamente reconheceu: a imediata ajuda do governo brasileiro tornou-se fundamental para que o Chile conseguisse combate o maior incêndio florestal da história do pais. O fogo dizimou, ao longo de doze dias, cerca de quatrocentos mil hectares de mata e terra e causou a morte de pelo menos vinte pessoas. Assim que Bachelet solicitou auxílio internacional, o Ministério da Defesa brasileiro, acatando determinação do presidente Michel Temer, enviou para o Chile aviões modelo C-130 Hércules e trinta militares da FAB. Essas aeronaves estão aptas a utilizar o moderno sistema de extinção de chamas denominado “maffs, no qual dois tubos projetam-se pela parte traseira do avião e, numa altitude média de quarenta e cinco metros, despejam cinco tanques de d’água – tal sistema é atualmente considerado, em todo o mundo, um dos mais eficazes no combate a incêndios em florestas, por mais fechadas que elas sejam. Entre as localidades rurais arrasadas está a de Santa Olga, na região do Maule, aproximadamente a trezentos quilômetros de Santiago. Estima-se que, em todo o país, dez mil pessoas tenha perdido suas residências. Assim que as chamas foram controladas, a polícia chilena deteve quarenta e três pessoas, todas acusadas de atearem fogo nas florestas do centro e do sul do país.

MEMÓRIA
A morte de Heloísa Faissol

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A socialite Heloísa Faissol, 46 anos, foi encontrada morta na sexta-feira 3 em seu apartamento no Rio de Janeiro. Segundo a polícia, não foi homicídio – a hipótese mais provável é a de suicídio, até porque ela atravessava um período de depressão. Heloísa era irmã de Cláudia Faissol e cunhada do cantor e compositor João Gilberto. Escreveu o livro “Mirei no príncipe, acertei no ogro”.

MUSEU
Vedete do Rio e do Brasil

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Balanço de visitação do Museu do Amanhã, símbolo da reforma na zona portuária do Rio de Janeiro. Aberto há um ano, por ele passaram 1,4 milhão de pessoas – mais que o número de visitas, somadas, ao MIS (São Paulo), ao MASP e ao Museu de Arte (Rio).

FRANÇA
Atentado no Louvre

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Não há tempo de respirar. Paris passou a viver novamente, na manhã da sexta-feira 3, um clima de insegurança diante de mais um atentado terrorista. Gritando “Allahu Akbar (“Deus é poderoso”, em árabe”), um homem entrou no Museu do Louvre e, munido de facão, feriu um segurança no rosto. Tentou atacar outros quatro guardas mas foi baleado por um policial. Apesar de as autoridades francesas admitirem “que se trata visivelmente de um atentado do terror”, as informações sobre o conteúdo de duas bolsas que o agressor carregava ainda eram contraditórias até o início da tarde. Falava-se que em uma delas havia explosivos, falava-se que nenhuma guardava bombas. Uma segunda pessoa foi presa.

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CARNAVAL
No ritmo do “politicamente correto”
Chegou fevereiro e, junto com ele, a polêmica envolvendo blocos carnavalescos de São Paulo e Rio de Janeiro. O que está dividindo o ritmo são marchinhas antológicas, hoje vistas como politicamente incorretas. Discute-se se podem ou não ser cantadas. A mais alvejada é a famosa “O teu cabelo não nega” (Lamartine Babo, 1955). O trecho criticado: “o teu cabelo não nega, mulata/porque és mulata na cor/mas como a cor não pega, multada/mulata quero teu amor”. No embalo desse patrulhamento, espera-se que um dia não seja condenada a maravilhosa “Aquarela do Brasil “(Ary barroso), considerada o segundo hino nacional brasileiro. O trecho com o qual podem encrencar: “meu mulato inzoneiro/vou cantar-te nos meus versos”.

25 mil banhistas foram queimados esse ano por águas-vivas no litoral do Paraná. Isso em 40 dias: média diária de 625 pessoas. Houve aumento de 172% em relação ao verão passado. Motivo: mudança repentina nas correntes marítimas e condições favoráveis à reprodução dessa espécie de animal marinho.


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