O País está passando por um momento histórico.
Como aconteceu no governo militar, organizações de resistência, nesse momento, assumem o protagonismo.
Não estou falando nem de liberais, nem de MST.
Isso é coisa do passado.
Falo de organizações do submundo,
ainda pouco conhecidas.
A História é cíclica e é bem possível que desses movimentos saiam líderes do futuro, por isso
é importante conhecê-los.
Por exemplo o MR9, Movimento Ruralista 9 (em homenagem ao mês que Dilma caiu), é liderado por discípulos de Ronaldo Caiado. Sua meta é evitar a reforma agrária e lutar pela privatização de áreas improdutivas como o Parque do Ibiraquera e a Floresta da Tijuca.
A LGBT, Liga Gloriosa por um Brasil Tradicional, é facção radical da TFP que luta pelo fim de libertinagens, como mulheres fumando.
Isso só para citar dois desses movimentos.
Porque quero dedicar o texto àquele que considero o mais importante.
O MPB, ou Movimento Privatilista Brasileiro.
Privatilismo, para você que não é versado nas teorias econômicas contemporâneas, é a mais moderna alternativa ao socialismo e ao capitalismo.
Trata-se da resposta a um mundo
decepcionado com políticos.
O movimento prega a privatização do Estado.
Pimba.
Da noite para o dia, acabou-se o que era doce.
Políticos dos infernos, acabou a mamata.
Desculpem.
Me empolguei.
Sigo explicando:
Inicialmente é feito uma eleição para decidir qual empresa de consultoria vamos contratar.
As candidatas são sempre Ernst & Young, Deloitte, PricewaterhouseCoopers e KPMG.
Cada uma apresenta seus orçamentos.
Escolhida a empresa, assumem todos os cargos
de primeiro e segundo escalão do Executivo.
E do Legislativo. Câmara e Senado.
No Judiciário, assumem o STF.
Pronto.
Assim que assumem, não temos mais um presidente.
Temos um CEO.
O ministro da Fazenda passa a ser o CFO.
O presidente da Câmara dos Deputados ganha o cargo
de vice-presidente de Operações.
E assim por diante.
No início do governo, realizam uma reunião via
internet com todos os acionistas, antigamente
chamados de eleitores.
Nós aprovamos o budget para o ano seguinte, num clique.
A empresa vencedora se obriga a nos apresentar relatórios semanais de performance.
As votações no Congresso não serão mais determinadas por acordos políticos mas em função dos bônus de final do ano que cada um dos executivos contratados receberá, sempre atrelado a resultados.
É exigência que os membros do primeiro escalão
tenham formação superior.
No governo só gente da FGV, Insper, alguns
até de Harvard e Yale.
MBAs is the new Curral Eleitoral.
O bônus do CEO e do CFO está relacionado ao PIB do país
e ao atingimento das metas de inflação.
Os resultados serão auditados pelas outras três empresas de consultoria que perderam a eleição.
O MPU vem ganhando forte apoio entre Dilmatráquios
e Temerários, que concordam que nossa política apodreceu em todos os partidos.
A única dúvida que ainda resta é o que fazer com
os políticos de hoje.
Uma das consultorias sugeriu realizar o prejuízo, tratá-los como papéis podres e eliminá-los de nossos portfólios.
Largaram na frente.

Para você que não é versado nas teorias econômicas contemporâneas,
o privatilismo é a mais moderna alternativa ao socialismo e ao capitalismo