Imortal pela Academia Brasileira de Letras, onde ocupava a cadeira 24, que já fora de Manuel Bandeira, Sábato Magaldi viveu o teatro como poucos. Crítico, ensaísta, historiador e um dos grandes organizadores da obra de Nelson Rodrigues, foi professor titular de História do Teatro Brasileiro, na Universidade de São Paulo, e da Sorbonne Nouvelle, na França. Nascido em Belo Horizonte, em 9 de maio de 1927, Magaldi morreu de infecção generalizada na noite da quinta-feira 14, deixando o Brasil órfão de seu mais influente intelectual das artes cênicas. Autor de obras definitivas como “Panorama do Teatro Brasileiro” e “Cem Anos de Teatro em São Paulo”, ele resumiu sua sinceridade em um curta-metragem dirigido pela enteada Lea van Steen: “O crítico tem que ter preparo teórico. Tem que conhecer bastante dramaturgia, mas ter noção do que seja desempenho, uma boa cenografia, uma indumentária adequada. Eu achei que tinha e passei a fazer crítica. Não sei se bem, mas com muita honestidade, muita franqueza e muita vontade de acertar. Pelo menos isso eu posso dizer que é verdade”.


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