A atual formação do Vanguart: depois de quatro anos em silêncio, um disco melhor que todos os anteriores
A atual formação do Vanguart: depois de quatro anos em silêncio, um disco melhor que todos os anteriores (Crédito:Felipe Ludovice)

Há um quê de Smashing Pumpkins no quarto álbum da banda Vanguart. Também há um quê de David Bowie e outro de Lô Borges, uma pitada de Benjor… Mais importante do que as referências que a banda reúne em seu excelente “Beijo Estranho”, contudo, é o que ela apresenta de original.

A banda, hoje formada por Helio Flanders, Reginaldo Lincoln, David Dafré e Fernanda Kostchak extrai uma sonoridade peculiar dos instrumentos que utiliza (como piano, violino e bandolins) e cria um acompanhamento poderoso para as canções inspiradas que evoluem faixa a faixa ao longo do repertório.

Desde 2007, quando apareceu com o disco que leva apenas seu nome, o Vanguart se mantém como uma renovadora fonte de inspiração para a música brasileira atual. Ecos de seu estilo podem ser ouvidos no trabalho de Tiê e Thiago Pethit. Formada em Cuiabá e há dez anos residindo em São Paulo, a banda construiu uma carreira errática e, em termos de repercussão, muito aquém do que seu talento merece.

Tanto assim que levou quatro anos para lançar seu novo disco. Felizmente, o tempo foi generoso – e o resultado é disparado o melhor que se poderia se esperar. Para ficar em apenas dois exemplos: o arranjo de cordas do magistral pianista mineiro Wagner Tiso para “Homem-deus” e os versos que encerram a apaixonada letra de “Beijo Estranho”: “Vivi todos os meus dias/ Em ti/ Mas hoje eu sigo/ Vivi todos os meus dias/ Em ti/ Mas hoje eu vivo/ Vivo em mim”.

Quem quiser conferir a banda ao vivo tem duas oportunidades neste final de semana: no sábado 13, às 21h, e no domingo, 14, às 18h, no Sesc Pinheiros (Teatro Paulo Autran), em São Paulo.

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