“Nossa vida como conhecíamos mudou”, disse a prefeita de San Juan, Carmen Yulín Cruz, quando percebeu a devastação “praticamente absoluta” que o furacão Maria está deixando ao passar por Porto Rico.

“Há muita dor, muita devastação”, contou Yulín Cruz entre lágrimas a um grupo de jornalistas em um abrigo da capital, cujo teto se movimentava por causa da forte ventania que atingiu a ilha a 220 Km/hora e que forçou os refugiados a se concentrarem nos corredores.

“Muitas partes de San Juan estão completamente inundadas (…) A devastação está atingindo os quatro pontos cardeais”, acrescentou.

O governador, Ricardo Rosselló, escreveu no Twitter ter pedido ao presidente Trump para que ele declarasse Porto Rico como zona de desastre.

Após chegar ao sul do país às 10H15 GMT (7H15 no horário de Brasília) com ventos de 250 Km/hora, o olho do furacão começou a atravessar a ilha: até às 15H00 GMT (12H00 no horário de Brasília), o Centro Nacional de Furacões (NHC) confirmava o olho do Maria a 25 Km a sudeste de Arecibo, localizado no leste do território americano, movendo-se a 19 Km/hora.

Em chamadas feitas pela rádio WKAQ 580 AM, os moradores davam testemunhos de desastres vindos de várias partes do país.

“Certamente a devastação está atingindo os quatro pontos cardeais”, disse a prefeita de San Juan. “Teremos que reconstruir a cidade capital do país, comunicar ao mundo que estamos aqui”, disse.

A arena Roberto Clemente, onde estava a prefeita e que abriga cerca de 1.200 pessoas, também sofreu danos.