No segundo bloco do último debate entre os candidatos a prefeito da capital paulista, a candidata Luiza Erundina (PSOL) perguntou a João Doria (PSDB) o que ele fará para a melhorar a iluminação pública. O tucano disse que fará uma Parceria Público-Privada (PPP) para implantação de lâmpadas de LED e deu munição para a ex-prefeita contra-atacar, acusando-o de defender a privatização, mas receber recursos públicos em suas empresas. “Sua ação lobista se serve basicamente de recursos públicos (…) para promover fóruns dos empresários. É um capitalismo sem risco porque no fundo o senhor pratica ação política lobista”, disse.

Doria afirmou respeitar a trajetória de Erundina, mas que é empresário e nas suas empresas a receita com recursos públicos se limita a 12%. “O que eu fiz, fiz com honestidade e respeito e sou diferente de você. Respeito sua biografia e história, mas a minha é moderna e atual”, disse o tucano

Celso Russomanno (PRB) criticou a lotação em ônibus e indagou Major Olimpio (SD) sobre o transporte público. Olímpio disse que irá rever os contratos com empresas de ônibus – que teriam lucro real de 19%. Russomanno afirmou que o problema é a falta de boa gestão fiscalização e Olimpio emendou: “Faltam ônibus e sobra lucro.”

Em seguida, Marta Suplicy (PMDB) questionou Doria sobre o problema do déficit habitacional e como o problema deveria ser resolvido. O tucano disse que não permitirá mais invasões de propriedades públicas e privadas e agirá em conjunto com o governo de São Paulo e a Polícia Militar para reprimi-las.

Em nova rodada de perguntas, o prefeito e candidato à reeleição Fernando Haddad (PT) perguntou a Celso Russomanno (PRB) o que fará com a Rede Hora Certa, criada por ele. O candidato do PRB e deputado federal criticou Haddad e disse que o prefeito só entregou 49% do que prometeu, mas vai terminar as obras iniciadas – “porque não se para obra em andamento” – e voltou a prometer a criação do Cartão de Saúde. Haddad rebateu: “É um equívoco fazer prontuário no chip porque, se perder o cartão, perde prontuário. Hoje tem tecnologia de nuvem.”

Major Olimpio indagou Marta sobre o que fará com os camelôs e a senadora admitiu que irá ampliar lugares para permissão de uso na cidade por conta do atual cenário de desemprego. Olimpio afirmou que é legalista “e a permissividade e leniência da atual administração fez com que a cidade se transformasse em camelódromo”.

No encerramento do bloco, Doria criticou as pichações e prometeu combatê-las. Marta Suplicy afirmou ser favorável ao grafite – tido como arte. (Gustavo Porto e Daniel Weterman)