No primeiro dia da vigência da tarifa unificada de táxi em São Paulo, havia pouca informação na quarta-feira, 24, no Aeroporto de Congonhas, principal ponto de veículos especiais na capital. Apesar de painéis espalhados pelo terminal avisarem da mudança, às 15h05 a fila para o táxi comum tinha 53 pessoas – enquanto na do especial (o vermelho e branco) era só apontar e embarcar. “O preço é o mesmo?”, indagavam os que estavam na fila do táxi comum, ao serem alertados pela reportagem. Mesmo com a informação, nenhum resolveu mudar de última hora – todos permaneceram reticentes, aguardando a vez no carro convencional. “Eu não estou sabendo de nada. Então prefiro ir no que eu sei que é garantido”, disse o empresário Fernando Pontes, de 64 anos, que tinha acabado de chegar do Rio.

A poucos metros dali, o fiscal dos táxis “vermelho e branco” Sérgio Ricardo dizia que não houve aumento no movimento logo no primeiro dia, não. “É que o pessoal já está acostumado. Mas estamos avisando a quem chega: o preço é o mesmo, com o serviço melhor”, alardeava. Quando a categoria surgiu, em 1975, somente os carros especiais tinham quatro portas e eram sedãs espaçosos. Logo depois, o ar-condicionado também passou a ser exclusividade dos “vermelho e branco”. Hoje, tais comodidades são encontradas em muitos veículos. “Mas o nosso serviço é diferenciado”, ressaltou Sidnei Marinho Falcão, coordenador do ponto do Aeroporto de Congonhas – onde costumam ficar mais de 400 dos 625 carros da cooperativa.

Os taxistas da frota estão esperançosos. “A situação está muito ruim”, lamentou Magno da Rocha Damasceno, de 34 anos. “Quando comecei, há dois anos, fazia 12, 13 até 14 corridas por dia. Hoje, quando muito, consigo oito.” No primeiro dia, ele não notou diferença. “Acho que vai umas duas semanas para ‘pegar’.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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