“Nise, O Coração da Loucura”, dirigido por Roberto Berliner, foi selecionado pela audiência como o melhor filme no Festival de Cinema Brasileiro na Rússia. O festival aconteceu em Moscou de 4 a 9 de outubro e em São Petersburgo de 11 a 16.

É a nona vez que Moscou recebe a mostra e a quinta vez de São Petersburgo. Ao todo, foram dez longas, dois documentários e uma animação exibidos na edição deste ano. A 9ª edição do Festival de Cinema Brasileiro em Moscou bateu recorde de público na estreia: só a exibição de “Nise”, em um dos principais cinemas da capital russa, contou com mais de 800 espectadores presentes.

“É muito bom ver como o nosso filme tem tocado as pessoas mundo afora e Brasil adentro. Esse projeto foi transformador para todos que participaram. Nise é uma pessoa fundamental, merece toda a atenção do mundo e eu fico muito orgulhoso de ter jogado um foco de luz a mais na história dela”, celebrou Berliner.

“Nise, O Coração da Loucura” se passa na década de 1940, em um hospital psiquiátrico do Rio de Janeiro, quando a médica psiquiatra Nise da Silveira questiona a violência no tratamento de pacientes diagnosticados com esquizofrenia. A médica revoluciona a área eliminando métodos agressivos como o eletrochoque e a lobotomia.

O ator Augusto Madeira, que esteve em Moscou durante o festival para representar o filme, comemorou a escolha do público. “O povo russo sabe valorizar uma revolucionária, tal qual foi a Dra. Nise”, disse.

Além do prêmio da Rússia, o filme acumula outras fontes de reconhecimento internacionais. A obra venceu as categorias “Melhor filme” e “Melhor atriz” no 28º Festival de Tóquio, levou o troféu de Melhor longa de ficção pelo Júri Popular no Festival de Cinema Latino de Epernay, na França, todas este ano, e ganhou como Melhor filme e prêmio da audiência no Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro em 2015.

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Foram exibidos este ano no festival, além de “Nise”, os filmes “Mais forte que o mundo”, de Afonso Poyart; “Em nome da lei”, de Sérgio Rezende; “Big Jato”, de Cláudio de Assis; “Mãe só há uma”, de Anna Muylaert; “De onde eu te vejo”, de Luiz Villaça; “Para minha amada morta”, de Aly Muritiba; “Real beleza”, de Jorge Furtado; “Muitos homens em um só”, de Mini Kerti; e “Ponte Aérea”, de Juliana Rezende. Passaram por lá também a animação “O menino e mundo”, de Alê Abreu, e os documentários “Damas do Samba”, de Susanna Lira, e “Sete vidas em sete cordas – A herança russa”, de Paulo Francischelli.


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