Bernie Ecclestone, o chefão da Fórmula 1, disse à coluna que nas próximas três semanas terá uma definição se o Grande Prêmio Brasil continua no campeonato de F- 1, em 2017. Se as negociações com os patrocinadores fracassarem, será a primeira vez, desde 1970, que o País deixa de ter um GP.

Este GP Brasil 2016 será o último?
Nós estamos trabalhando para que este não seja o último Grande Prêmio Brasil. Se for o último, é porque não chegamos no acordo comercial. Nós estamos tentando resolver os problemas.Talvez, fazer uma parceria com a cidade. Ainda não sabemos o que vai acontecer. Mas eu estou esperançoso. Nós não queremos deixar o Brasil.

Como foi sua conversa com o presidente Michel Temer?
Nós não conversamos sobre assuntos comerciais. Nós conversamos sobre o mundo em geral. Conversamos também sobre o sr. Trump. Achei que a vitória de Donald Trump foi boa para o mundo. Acho que ele é muito mais flexível.

Que impressões tem da crise que o Brasil atravessa?
O mundo está em crise, não apenas o Brasil. O problema está no mundo. No fim, o Brasil vai retomar o rumo. Na minha opinião, o Brasil tem melhores chances de avançar entre muitos países. Há recursos e pessoas.

Interlagos é um lugar histórico para a Fórmula 1?
Sim, absolutamente. Estamos aqui há muito tempo. Queremos ficar.

Em 2017, o campeonato talvez não tenha nenhum piloto brasileiro no grid?
Agora que Felipe Massa saiu, temos um problema. Infelizmente não vejo ninguém (nenhum brasileiro) com experiência. É triste. O Brasil tem uma história de grandes corredores. Talvez no futuro. Em um ou dois anos. Felipe Nars é competitivo se tiver o carro certo.

A audiência da Fórmula 1 está caindo. Por que?
Por muito tempo, os brasileiros se acostumaram aos corredores campeões. O País tinha pilotos que ganhavam corridas. Isso não está bom hoje. E a Mercedes faz muitos campeões. Talvez seja preciso reiniciar. Vamos ver.