Mais uma vez se defendendo das delações de executivos da Odebrecht, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quinta-feira, 20, que não há nada “mais duro” do que ser injustiçado. Ele nega todas as acusações de que teria recebido recursos ilícitos em campanhas eleitorais e fez a declaração comentando a estratégia do PSDB paulista de defender o legado do partido e evitar o mesmo destino do PT na Operação Lava Jato.

De acordo com o jornal “Folha de S.Paulo”, o PSDB paulista fez nesta quarta-feira (19) uma reunião com jovens lideranças do partido para pedir apoio em defesa ao governador e a outros tucanos investigados na Operação. Nessa estratégia, há uma sugestão para que a legenda envie uma carta aos filiados pedindo altivez na defesa.

“Não há nada mais duro que você ser injustiçado. Delação não é prova. Delator é alguém que é réu confesso e está tentando escapar, fazer alguma coisa para que, no mínimo, sua pena seja diminuída. Então é preciso verificar”, disse o governador, quando perguntado sobre a estratégia de defesa do partido.

Alckmin voltou a falar que confia “absolutamente” na Justiça ao punir culpados e inocentar quem é não cometeu delitos. Nos acordos de colaboração premiada com o Ministério Público Federal (MPF), três delatores da Odebrecht afirmaram que o governador recebeu por meio de um cunhado R$ 10,3 milhões do setor de propinas da empreiteira a pretexto de contribuição eleitoral – R$ 2 milhões no ano de 2010 e R$ 8,3 milhões no ano de 2014, todas somas não contabilizadas. Ele nega que tenha recebido qualquer valor ilícito em sua vida pública.

O tucano participou, no Palácio dos Bandeirantes, da apresentação da primeira empresa que vai se instalar no Parque Tecnológico do Estado, na zona oeste da capital paulista, a indústria farmacêutica Ibbis, para o desenvolvimento de pesquisas no setor de medicamentos.

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