Entrevista de Rogéria (artista).

Como Astolfo virou Rogéria?

Já era transformista, estava em Paris. Aquilo é muito seco, meu cabelo virou uma juba. Já me sentia fêmea, mas, quando veio o cabelo – loira, poderosa -, foi um escândalo. Virei Rogéria.

E se despediu do Astolfo?

Nunca. Sempre teve gente querendo que eu me livrasse dele. Gosto muito do meu lado homem. Nunca quis operar.

Nunca sofreu discriminação?

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Nunca deixei, e quando tentavam o Astolfo reagia. Quando criança, não sofria bullying porque eu fazia bullying nos meninos. Só sofri por amor.

E ser a travesti da família?

Uma vez, um senhor chique, com toda a família, me cumprimentou na rua dizendo – “Nós te amamos.” Esta semana, aqui em São Paulo, botei tênis, fui ao super e tive de fazer um monte de selfie. Atinjo todas as classes. Sou amada.

Você já foi criticada por não militar na causa LGBT…

E respondo: mas que militância? Sou a causa e, se essa gente toda está na rua, foi porque nós do filme abrimos caminho.

Uma pergunta bem íntima – xixi sentada ou de pé?

Depende. Sou geminiano com ascendência em leão. Quando urino de pé, sempre levanto a tampa. Homem é porco. Mulher é mais asseada. Aprendi com minha mãe.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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