O presidente Michel Temer condenou o terrorismo em seu discurso nesta terça-feira, 19, na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) e defendeu a democracia na América do Sul. Ao falar da Venezuela, Temer ressaltou que a situação dos direitos humanos no país vizinho continua se deteriorando. “Estamos ao lado do povo venezuelano, a que nos ligam vínculos fraternais. Na América do Sul, já não há mais espaço para alternativas à democracia. É o que afirmamos no Mercosul, é o que seguiremos defendendo.”

“De Barcelona a Cabul, de Alexandria a Manchester, reiteradas manifestações de violência covarde não nos deixam esquecer o mal do terrorismo”, disse o presidente ao falar dos recentes ataques terroristas ao redor do mundo. “É mal que se alimenta dos fundamentalismos e da exclusão, e a que nenhum país está imune.”

Para combater o terrorismo, Temer cobrou a união entre países. “A união se impõe. Ainda mais em face da capacidade do terrorismo de adaptar-se aos tempos e aos terrenos. Não seremos acuados pelo terror nem permitiremos que ele abale nossa crença na liberdade e na tolerância”, disse ele. “Apenas de forma coordenada e articulada daremos combate eficaz ao tráfico de pessoas, de armas, de drogas, à lavagem de ativos”, afirmou Temer.

“Lamentavelmente, ainda são recorrentes as violações dos direitos humanos em todo o mundo. Tanto dos direitos civis e políticos, quanto dos direitos econômicos, sociais e culturais”, afirmou o presidente brasileiro.

Temer destacou ainda que o Brasil tem diversidade de etnias, de cultura, de credo, de pensamento e é um país de “liberdades arraigadas”. “Mais que tudo, é dessa diversidade que tiramos nossa força como nação. Rechaçamos o racismo, a xenofobia e todas as formas de discriminação”, disse ele.

“Temos, hoje, uma das leis de refugiados mais modernas do mundo. Acabamos de modernizar também nossa lei de migração, pautados pelo princípio da acolhida humanitária. Temos concedido vistos humanitários a cidadãos haitianos e sírios. E temos recebido milhares de migrantes e refugiados da Venezuela.”

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