O presidente russo, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro conservador húngaro, Viktor Orban, manifestaram nesta quinta-feira (2), em Budapeste, sua concordância em reforçar a cooperação econômica entre os dois países, defendendo a suspensão das sanções europeias contra Moscou.
Recebido por Orban, um dos principais aliados de Moscou na União Europeia, Putin classificou a Hungria de “sócio importante e confiável” e prometeu que a Rússia fará “todo o possível” para garantir as entregas de hidrocarbonetos a Budapeste, muito dependente do gás russo.
“É muito difícil viver, se não houver uma cooperação frutífera com os grandes deste mundo”, declarou Orban em entrevista coletiva ao lado de Putin, em uma clara referência à Rússia, mas também aos Estados Unidos de Donald Trump.
Partidário declarado da suspensão das sanções adotadas contra a Rússia por conta da anexação da península ucraniana da Crimeia, em 2014, Orban ressaltou que “não se pode resolver um problema não econômico com medidas econômicas”.
A visita, que coincide com um aumento da violência na Ucrânia, é a primeira do chefe de Estado russo a um país da União Europeia (UE) desde julho de 2016, quando viajou à Eslovênia.
Também é a primeira viagem de Putin à Europa desde a posse do presidente Donald Trump.
Em fevereiro de 2015, o chefe de governo húngaro foi o primeiro dirigente europeu a receber o presidente russo, após a anexação da Crimeia por parte de Moscou um ano antes.
Essa viagem de Putin a Budapeste “demonstra as relações pessoais de confiança” entre os dois dirigentes, destaca o Kremlin.
Os dois políticos se reuniram todos os anos nos últimos seis anos desde que Orban voltou ao poder, em 2010.