Partidos da base governista e da oposição saíram nesta quinta-feira, 9, em defesa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), após a Polícia Federal concluir uma investigação que apontou a troca de propina no valor de R$ 1 milhão pela defesa de interesses da empreiteira OAS no Congresso.

Os líderes partidários dizem que é preciso investigar a denúncia, afirmam que é prematuro tomar qualquer iniciativa contra o deputado neste momento e defendem a apresentação de provas concretas.

O líder do PPS, Arnaldo Jordy (PA), declarou que é complicado trabalhar com “ilações” agora, mas que se houver comprovação da denúncia, a permanência de Maia na presidência da Casa ficaria incompatível com o exercício do cargo. “Se for réu a gente afasta, essa é a regra do PPS. Antes disso, é prematuro”, comentou.

O líder do PT, Carlos Zarattini (SP), disse que seu partido foi vítima de vazamentos seletivos e que é preciso saber quais são os indícios fortes contra Maia. O petista defendeu que se há dúvidas sobre o presidente da Câmara, que haja investigação e divulgação oficial do que for apurado. “Acusar sem provas não concordamos, seja político do PT ou de qualquer lugar”, enfatizou.

A investigação da PF teve origem em mensagens de celular entre Maia e o empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS. Maia teria pedido à empreiteira doações no valor de R$ 1 milhão em 2014. O dinheiro teria sido repassado oficialmente à campanha de César Maia, pai do deputado.

Em nota divulgada na quarta-feira, 8, Maia disse que “nunca recebeu vantagem indevida para apreciar qualquer matéria na Casa” e que em seus cinco mandatos “sempre votou de acordo com orientação da bancada ou com a própria consciência”.

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