O Museu do Prado de Madri apresentou nesta segunda-feira um retrato do rei Felipe III, recentemente atribuído ao pintor espanhol Diego Velázquez e descoberto por um colecionador americano, que fez a doação da obra.

“Estou muito contente e muito orgulhoso de que meu quadro possa ficar aqui em Madri”, declarou na apresentação o colecionador, William B. Jordan, um especialista da pintura espanhola.

O quadro é um retrato de Felipe III da Espanha, que reinou de 1598 a 1621. Será exposto a partir de terça-feira, junto com outras obras, até 29 de outubro.

Segundo a instituição madrilenha, o retrato, datado em 1627, era um estudo para outro quadro de Velázquez, “La expulsión de los moriscos”, destruído por um incêndio no ano de 1734, antes da construção do edifício do Prado.

A exposição temporária inclui quadros relacionados ao retrato, um deles de Ticiano, em que Felipe III aparece criança, e outros que haviam se inspirado no pintor espanhol para fazer o seu retrato.

Em dezembro passado, William B. Jordan doou o retrato de Felipe III à instituição “American Friends of the Prado Museum”, que, por sua vez, o transferiu ao Prado, para que seja exposto em sua coleção permanente.

O colecionador norte-americano descobriu o quadro em 1988 com o nome de “Retrato de un hombre”, em um leilão em Londres. Na época a pintura era atribuída a outro pintor.

Após sua restauração e estudo, William B. Jordan formulou a hipótese de que pudesse ser do mestre de Sevilha. O Prado confirmou a teoria depois de analisar o quadro e compará-lo com outras obras de Velázquez.

Atualmente, restam 120 quadros de Diego Velázquez (1599-1660), a maioria no Museu do Prado. Entre eles, as famosas “Meninas”.