Se no ATP Finals os rivais Novak Djokovic e Andy Murray jogaram uma final entre eles para decidir quem ficaria como líder do ranking mundial, no primeiro Grand Slam de 2017 os dois astros passaram longe do que sabem. Depois de Novak Djokovic perder na segunda rodada, neste domingo foi a vez de o melhor do mundo ser eliminado do Aberto da Austrália. Murray caiu nas oitavas de final, diante do alemão Mischa Zverev, apenas o 50.º colocado do ranking da ATP. O jogo terminou com 3 sets a 1, com parciais de 7/5, 5/7, 6/2 e 6/4.

Apesar da derrota, Murray continuará como líder do ranking mundial. No ano passado, Djokovic o venceu na final, de forma que o sérvio, então, é quem deixa Melbourne com prejuízo maior. A diferença de pontos entre os dois, que era de menos de 800 pontos, vai superar 1.700 – mais do que o dobro, portanto.

Desde Indian Wells, em março do ano passado, Murray não perdia para um rival tão mal ranqueado – o argentino Federico Delbonis era o 53.º à época. Neste domingo, caiu diante de um alemão de 29 anos que é só o 50.º no ranking da ATP, que nunca ganhou um título na carreira e nem havia ido além da terceira rodada de um Grand Slam.

Mischa Zverev foi presença constante nos principais eventos do circuito até 2012, sempre como coadjuvante, mas depois passou quatro longos anos conseguindo espaço apenas em eventos de nível Challenger e Future. Foi voltar a um Grand Slam só no fim do ano passado, no Aberto da Austrália.

Nesse meio tempo, passou a ser tratado pelo nome completo. Porque o Zverev famoso é o irmão dele, Alexander Zverev, de apenas 19 anos, mais jovem a entrar no Top 20 do tênis desde Novak Djokovic, em 2006. Curiosamente, o caçula também teve a chance de derrubar um gigante em Melbourne, mas, no sábado, não resistiu a Rafael Nadal em uma partida de mais de quatro horas, perdendo apenas no quinto e decisivo set.

Mischa também encarou um jogo longo neste domingo. Foram 3h33min de partida, em que o alemão sacou muito bem. Nas estatísticas, o duelo foi basicamente igual, inclusive com Murray conseguindo 19 winners a mais que Zverev. O britânico, porém, falhou em momentos decisivos, quando precisava defender seu saque. O alemão, não.

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“Ele sacou muito bem quando precisava, principalmente quando estava atrás nos games. Ele mereceu ganhar porque ele jogou bem quando estava perdendo e também nos momentos importantes”, admitiu Murray, que não perdia antes das quartas de final no Aberto da Austrália desde 2009. No período, fez cinco finais. Perdeu todas. Assim, segue sem nunca ter sido campeão neste Grand Slam – também nunca venceu Roland Garros.


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