ROMA, 5 JUN (ANSA) – O primeiro teste de DNA feito em múmias do Antigo Egito revelou que elas têm parentesco com população da Europa e da Anatólia, parte asiática da Turquia.   

A pesquisa, realizada com material genético de múmias entre 1400 a.C e 400 d.C, foi publicada na revista “Nature Communications”, e coordenada pelos especialistas Johannes Krause e Wolfgang Haak, do Insitituto Max Planck, e pela pesquisadora Verenna Schuenemann, da universidade alemã de Tubinga.   

Com a pesquisa, os estudiosos buscavam em entender se fatores como a dominação, além da ligação dos egípcios com os outros povos, tinham provocado algum tipo de impacto genético. “Queríamos saber se a conquista de Alexandre, o Grande, e de outros reis deixaram marcas no DNA antiga população egípcia”, afirmou Schuenemann.   

Para confirmarem a teoria, os pesquisadores analisaram o DNA extraído de 93 múmias provenientes de Abusir el-Melek, no sul do Cairo. O resultado do estudo também revelou que o DNA da comunidade analisada, em um período de 1300 anos, não sofreu grandes alterações.   

Por outro lado, a comparação dos dados obtidos com o mapa do DNA dos egípcios modernos mostrou que, atualmente, essa população possui aproximação genética com a da África Subsaariana. O fato pode ser atribuído às melhorias da navegação no Rio Nilo e ao crescimento do comércio de longa distância, o que favoreceu o contato entre esses dois povos. (ANSA)