Com a bandeira de seu país e usando a mochila dos peregrinos, entusiasmados jovens católicos invadiram as ruas da Cracóvia nesta segunda-feira (25), afirmando que nem mesmo os recentes atentados iriam desestimulá-los.

Carros de polícia se encontram espalhados por toda a cidade.

Portugueses, brasileiros, nigerianos, franceses, entre outros, cantaram e dançaram nas ruas decoradas com retratos dos papas Francisco e João Paulo II, às vésperas da abertura das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), nesta terça, e da chegada do sumo pontífice argentino, no dia seguinte.

Os últimos ataques na França, na Bélgica, ou na Alemanha, países vizinhos da Polônia foram evocados por autoridades religiosas e políticas.

“A paz está ameaçada pelo terrorismo brutal”, denunciou o cardeal arcebispo da Cracóvia, Stanislaw Dziwisz, em uma entrevista coletiva, acrescentando que as JMJ darão uma resposta eficaz a esses episódios, uma “mensagem de paz, unidade, reconciliação e solidariedade”.

O prefeito da região de Malopolska, Jozef Pilch, lembrou que pelo menos 20 mil policiais foram destacados para a segurança do evento. Os jovens peregrinos não parecem, porém, estar muito preocupados.

“Na minha diocese de Toulon, todos os que se registraram responderam presente”, contou Esteban, de 16 anos, aos pés do castelo real de Wawel, cercado por um grande grupo de jovens franceses.

Como afirma Donica, de 20, recém-chegada de Vancouver (Canadá), “não temos medo, estamos todos aqui”.

Isabel Matos, de Lisboa, admite que chegou a pensar se iria às JMJ.

“Refleti sobre isso, mas acho que não devemos ficar assustados. Se vivermos no medo, então deixaremos eles [os terroristas] ganharem”, afirmou.

A hospitalidade polonesa foi aprovada pelos jovens católicos.

“Eles nos abriram seus corações e suas casas”, emocionou-se Donica.