Uma triste combinação entre desinformação e falta de assistência. Assim pode ser definida a situação atual da maioria das brasileiras em relação ao câncer de colo de útero. A doença mata cerca de cinco mil mulheres por ano no Brasil.

Mas, segundo pesquisa do Instituto Datafolha realizada a pedido da Roche Farma Brasil, 27% das entrevistadas nunca fizeram ou não realizam com frequência o exame Papanicolau, 78% jamais se submeteram ao teste de HPV – vírus causador da doença – ou à colposcopia.

Os três procedimentos são recursos para diagnóstico da enfermidade. Os piores índices foram registrados entre as mulheres mais jovens, de escolaridade fundamental e de classe D/E.

O levantamento também escancarou a fragilidade no atendimento as pacientes nos aspectos físico e emocional. Cerca de 30% das mulheres tinham apresentado dificuldades psicoemocionais após o diagnóstico e 18% encontraram ajuda nos amigos e familiares.

É óbvio que contar com o carinho dos mais próximos é importante, mas é preciso que essas mulheres tenham auxílio nos próprios serviços onde são tratadas. Além disso, mais da metade dos entrevistados, entre homens e mulheres, não sabe que existem remédios capazes de combater a doença mesmo quando ela chega na etapa avançada.

Estudos indicam, por exemplo, que a associação de quimioterápicos com uma droga chamada bevacizumabe reduziu em mais de 30% a taxa de progressão da doença. O remédio faz parte da classe dos medicamentos biológicos, conhecidos por atuarem de forma mais precisa sobre o tumor.