Rio de Janeiro - A obra O rabo de Boto Rosa, de Zoé Gruni, é parte das intervenções de arte contemporânea nos jardins do Palácio do Catete durante a feira ArtRio (Fernando Frazão/Agência Brasil)

A obra O rabo de Boto Rosa, de Zoé Gruni, parte das intervenções de arte contemporânea nos jardins do Palácio do Catete durante a feira ArtRio Fernando Frazão/Agência Brasil

Pelo segundo ano consecutivo, a arte invade os jardins do Palácio do Catete, que abriga o Museu da República, antecipando um dos principais eventos do calendário cultural do Rio de Janeiro. De hoje (27) até domingo (2), o espaço recebe o Intervenções Bradesco ArtRio, que acontece paralelamente à feira de arte que começa amanhã (28) no Pier Mauá, na revitalizada região portuária da cidade.

Durante seis dias, os jardins do museu, frequentados por moradores da região e cariocas de outros bairros, se transformam em uma grande galeria a céu aberto. As obras interagem com as árvores, o lago, as pontes, as estátuas e outros elementos do cenário de 12 mil metros quadrados criado pelo paisagista francês Paul Villon, discípulo de Auguste Glaziou, responsável por diversos projetos de parques no Rio de Janeiro, como o Campo de Santana.

Com curadoria de Isabel Portella, a mostra tem participação de 14 artistas de destaque na arte contemporânea brasileira, entre eles Ernesto Neto, Barrão, Raul Mourão, José Bechara. Mercedes Lachmann, Enrica Bernadelli e Zoé Gruni. “Cordas, fios, ferro, tecidos e esculturas, e uma variedade surpreendente de materiais conversam sobre arte, sobre vida, tempo e ritmo interno. E todos podem participar dessa fruição, compreender que a arte também tem uma função social, mágica, que reflete o ambiente e o pensamento artístico contemporâneo”, disse a curadora.

ArtRio

Esta é a quarta vez que o projeto Intervenções é realizado junto com a ArtRio. As duas primeiras ocorreram nos jardins do Museu de Arte Moderna (MAM), no Parque do Flamengo, e na Praça Paris, na Glória, sempre com entrada gratuita.

Já a feira ArtRio, que está em sua sexta edição, tem entre suas metas se consolidar como um dos principais eventos mundiais de negócios no segmento da arte. Com foco nos colecionadores e curadores, o evento reúne de amanhã até domingo, nos armazéns do Pier Mauá, 73 galerias de arte moderna e contemporânea, brasileiras e estrangeiras.

Este ano, 19 galerias participam pela primeira vez da feira, 11 brasileiras e as demais da Argentina, Alemanha e Estados Unidos. A feira, que integra o calendário oficial de eventos da cidade atraiu milhares de visitantes nas edições anteriores, contribuindo para ampliar o público e o mercado de arte no país.