A memoria que me contam

O filme  A memoria que me contam, da diretora Lucia Murat faz parte da mostra  de cinema Mulheres em Cena. O evento vai reunir 18 longas-metragens de diretoras da América Latina diretora Lucia Murat/Divulgação

 A mostra de cinema Mulheres em Cena está em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil  até 10 de outubro na capital paulista e até 3 de outubro na unidade do Rio de Janeiro. Em ambos os locais, a mostra teve início na última quarta-feira (21). O evento, que é inédito no Brasil, vai reunir 18 longas-metragens de diretoras contemporâneas da América Latina, além de promover debates com cineastas sobre a posição da mulher latino-americana no mercado audiovisual.

Com curadoria da cineasta brasileira Andrea Armentano e da cineasta argentina Sofia Torre, a mostra exibirá filmes de destaque internacional que tiveram reconhecimento e ganharam prêmios. Entre os títulos estão Jovem Aloucada de Marialy Rivas, Hamaca Paraguaya de Paz Encina, Portais de Leningrado de Mariana Rondón, Madeinusa de Claudia Llosa, A mulher sem cabeça de Lucrecia Martel e Mãe só há uma de Anna Muylaert.

“Sentimos a necessidade desse debate do posicionamento da mulher, sentimos que este debate estava cada vez mais em ebulição, tanto que agora ele explodiu de uma certa maneira tanto na Europa como nos Estados Unidos. Aqui no Brasil mesmo tem diversas mostras e festivais que estão focando nesse tema, porque realmente a mulher não aceita mais, em 2016, estar sendo subjugada, com cachês menores, com créditos menores, com menos prêmios”, disse uma das curadoras, Andrea Armentano.

Segundo ela, houve a vontade de juntar uma geração de cineastas que conseguiu romper diversas barreiras, cada uma em seu país de origem e também internacionalmente, juntando grandes nomes latino-americanos para aprofundar, dar força e visibilidade para esta discussão que se torna cada vez mais urgente, que é a presença na mulher no cinema.

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Os debates terão a presença de cineastas convidadas e profissionais mulheres do audiovisual, como Magaly Solier, Laís Bodanzky, Mariana Rondón e Tata Amaral. Segundo as curadoras, o evento, além de promover um intercâmbio cultural entre os países latino-americanos, traz o cinema sob a perspectiva do olhar feminino.

“Trazer diversas experiências de mulheres que trabalham com pesquisas, das realizadoras, de outras mesas que serão compostas por produtoras e montadoras. A meta é conseguir abranger todas as funções do cinema feita por mulheres e como cada uma vê o ambiente cinematográfico”, disse Armentano sobre o objetivo dos debates.


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