BUENOS AIRES, 23 SET (ANSA) – A morte do promotor argentino Alberto Nisman, em janeiro de 2015, voltou ao centro dos debates no país após uma nova perícia confirmar que ele teria sido assassinado – e não cometido suicídio.   

Segundo uma investigação liderada pelo procurador de Buenos Aires, Eduardo Taino, as provas recolhidas contradizem a primeira análise que apontou o suicídio. De acordo com essa nova perícia, ele teria sido agredido, drogado e assassinado por dois homens. Eles teriam, depois de assassinar o promotor, criado uma cena de suicídio. A perícia contou com a participação de diversos agentes e foi entregue ao Ministério Público do país, segundo informam fontes ligadas à investigação.   

Nisman foi encontrado morto no banheiro de seu apartamento, com um tiro na cabeça, em 18 de janeiro de 2015.   

Naquele mesmo dia, ele tinha um discurso marcado no Parlamento em Buenos Aires onde iria acusar a então presidente Cristina Kirchner de acobertar terroristas iranianos no ataque à sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) em 1994. A ação deixou 85 mortos e centenas de feridos. (ANSA)