O ativista político Tom Hayden, que, na década de 1960, ajudou a dar uma forma decisiva ao movimento americano contra a guerra no Vietnã, morreu na noite deste domingo, aos 76 anos.

A esposa de Hayden desde 1993, a atriz e escritora canadense Barbara Williams, disse à rede CNN que o lendário ativista morreu em um hospital de Santa Mônica, na Califórnia (oeste), por complicações resultantes de um AVC sofrido em 2015.

Hayden se tornou famoso como o líder de um grupo de estudantes, conhecidos como os Estudantes por uma Sociedade Democrática, que delineou uma visão progressista dos Estados Unidos que, naqueles anos, foi vista como muito radical.

Em 1968, Hayden foi um dos sete ativistas condenados por supostamente incitar atos violentos contra a guerra do Vietnã durante a Convenção Nacional do Partido Democrata, apesar de as acusações terem sido arquivadas em uma apelação.

Hayden atuou durante quase duas décadas como parlamentar do estado da Califórnia e, entre 1973 e 1990, foi casado com a também atriz e ativista Jane Fonda, com quem teve um filho.

Foi professor convidado da Universidade da Califórnia e do Instituto de Política de Harvard, além de várias instituições renomadas, como o Scripps College. Por outro lado, escreveu e editou mais de 20 livros, sendo que o último será publicado em março próximo.

O prefeito de Angeles, Eric Garcetti, descreveu nesta segunda Hayden no Twitter como “um gigante político e um amigo”.