O fotojornalista americano Stanley Greene, cinco vezes laureado no World Press Photo, morreu nesta sexta-feira, aos 68 anos, em um hospital parisiense, indicou à AFP Clément Saccomani, diretor da agência NOOR Images, da qual era um dos fundadores.

Fotógrafo nova-iorquino conhecido em todo o mundo especialmente por suas reportagens da guerra na Chechênia em 1994, atuou em sua juventude no movimento Panteras Negras e militou contra a Guerra do Vietnã.

Ele faleceu após uma longa doença, segundo informou seu amigo.

“Se nós sabemos o que aconteceu na Chechênia, é graças a ele”, disse Saccoamani.

“Ele morreu após uma longa doença e seu estado de saúde piorou nos últimos dias”, relatou.

Solteiro, sem filhos, “era um homem solitário, mas não estava sozinho”, acrescentou. “Ele partiu cercado por seus amigos no hospital”.

“Stanley é talvez mais conhecido por seu trabalho sobre a Chechênia, cuja guerra ele cobriu por vários anos”, enfatizou seu amigo fotógrafo Kadir van Lohuizen.

“Ele preparava um projeto na Rússia, uma ‘road trip’, para observar o país 100 anos após a revolução de 1917”, informou.

O fotógrafo nasceu em Nova York em 14 de fevereiro de 1949. “Ele viveu em San Francisco por um tempo, antes de se estabelecer em Paris”, contou Kadir van Lohuizen.

“Na verdade, ele viveu em toda parte, Moscou, Beirute, em particular”, disse. “Mas voltou a viver em Paris há um ano e meio”.

Seu funeral será realizado na capital francesa.