O ator Gene Wilder, que interpretou Willy Wonka na versão original do filme “A Fantástica Fábrica de Chocolate” e um dos rostos mais conhecidos das comédias de Mel Brooks, morreu aos 83 anos, nesta segunda-feira (29), informou um membro de sua família.

De acordo com o anúncio de seu sobrinho, Jordan Walker-Pearlman, Wilder morreu por complicações do Mal de Alzheimer em sua casa, em Stamford (Connecticut).

“É com indescritível tristeza e melancolia, mas com gratidão espiritual pela vida que viveu, que anuncio o falecimento do esposo, pai e artista universal Gene Wilder”, indicou Walker-Pearlman.

O rapaz afirmou que o ator sofria com a doença há três anos e decidiu “guardar segredo” sobre seu estado para “proteger” o sorriso das crianças com quem cruzava.

O eterno Willy Wonka foi indicado ao Oscar por seu papel em “Primavera para Hitler” (1968) e como coautor do roteiro de “O Jovem Frankstein” (1974), ambos filmes de Mel Brooks.

Wilder, cuja terceira esposa – Gilda Radner – morreu de câncer de ovário, já havia tratado um linfoma em 2000.

O ator começou sua carreira na peça de teatro “Roots”, em 1961, e estreou no cinema em 1967 no filme “Bonnie e Clyde”, de Arthur Penn, no papel de diretor da funerária Eugene Grizzard, que é raptado por sua namorada.

Foi aclamado pela crítica e pelo público por seu papel em “Banzé no Oeste” (1974), no terceiro filme de Brooks, uma paródia dos filmes de Velho Oeste e sucesso de bilheteria.

Entretanto, foi seu papel como “Willy Wonka”, o excêntrico dono da fábrica de chocolate do musical de 1971, baseado no livro de Roald Dahl “Charlie and the Chocolate Factory”, que transformou Wilder – cujo verdadeiro nome era Jerome Silberman -, na estrela de cinema.

Brooks e Wilder escreveram juntos o roteiro de “O Jovem Frankstein” – uma sátira aos filmes de terror da década de 1930.

O ator também protagonizou com Richard Pryor as comédias “O Expresso de Chicago” (1976) e “Cegos, Surdos e Loucos” (1980).

Seu último papel importante foi em uma versão para a televisão do filme “Alice no País das Maravilhas”, no final da década de 1990, em que também trabalharam Ben Kingsley e Martin Short.

“Gene Wilder – um dos verdadeiros grandes talentos do nosso tempo. Ele abençoou cada filme que fez com sua magia e me abençoou com sua amizade”, escreveu Brooks no Twitter.