Norma McCorvey, a demandante do processo que levou à Suprema Corte o polêmico caso ‘Roe vs Wade’, que permitiu a legalização do aborto nos Estados Unidos em 1973, faleceu neste sábado aos 69 anos.

Ela morreu de insuficiência cardíaca em uma unidade hospitalar no Texas, disse Joshua Prager, um jornalista de Nova York que escreveu sobre Norma na revista Vanity Fair.

McCorvey era conhecida como “Jane Roe” no caso em que lutou pelo direito constitucional ao aborto, tema delicado que dividiu bruscamente o país durante décadas.

Acabou se tornando uma heroína para seus apoiadores e uma vilã para aqueles que buscam a proibição do aborto. Anos depois, em 1995, anunciou que havia trocado de lado para apoiar o movimento contra o aborto.

A decisão do caso Roe vs Wade foi conhecida em 22 de janeiro de 1973, com sete juízes a seu favor e dois contra.

Nas quatro décadas posteriores à sentença da Suprema Corte, milhares de abortos foram feitos legalmente no país.

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As autoridades terminavam, assim, com um longo drama legal que começou no estado de Texas três anos antes, onde os abortos só eram permitidos em caso de gravidez de risco para a mãe ou para o bebê.

Mãe solteira e que teve uma infância difícil, McCorvey estava grávida pela terceira vez e queria abortar.

Encorajada por duas advogadas feministas, abriu um processo contra o procurador do distrito de Dallas Henry Wade, por conta da lei vigente no Texas, sob o pseudônimo de Jane Roe.

Apesar de a gravidez ter chegado a termo, o caso ganhou grandes proporções e acabou se tornando uma das mais importantes e conhecidas decisões já tomadas pela Suprema Corte.

McCorvey se tornou uma ferrenha opositora ao aborto, após ser converter ao protestantismo e, então, ao catolicismo. Posteriormente, declarou ser lésbica.


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