A Mongólia escolhe nesta segunda-feira seu presidente em uma eleição na qual os três candidatos estão envolvidos em escândalos de corrupção.

O atual presidente, Tsakhia Elbegdorj, não está na disputa por estar no fim do segundo mandato consecutivo de quatro anos. Sua formação, o Partido Democrata (PD), está na oposição desde que o Parlamento passou a ter maioria do Partido do Povo Mongol (PPM).

O sucessor sairá do PD, do PPM ou do Partido Revolucionário do Povo Mongol (PRPM), o que pode levar a votação ao segundo turno pela primeira vez na história desta jovem democracia, um país que fica entre a China e a Rússia.

Os três candidatos à presidência do país são acusados de corrupção.

Mieygombo Enkhbold, candidato do PPM, em maioria parlamentar, é um ex-primeiro-ministro acusado de tentar receber dinheiro em troca de empregos públicos.

O candidato do PD, Khaltmaa Battulga, é suspeito de possuir contas no exterior. O terceiro homem na disputa, Sainkhuu Ganbaatar, é acusado de ter recebido uma doação de 40.000 euros da seita Moon.

Os escândalos foram mais citados nas campanha que os problemas econômicos: a Mongólia, com 3 milhões de habitantes, sofreu nos últimos anos o efeito da queda do preço do cobre, seu principal produto de exportação, e a desaceleração do crescimento da vizinha China.

Em 2016, o PIB cresceu 1%, muito longe dos 17% registrados em 2011. O desemprego, grande preocupação dos eleitores, afeta 9% da população.

Para resolver parte dos problemas, o futuro presidente terá um plano de ajuda de 5,2 bilhões de euros, financiado parcialmente pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Mas a abstenção ameaça a votação, que para ser válida exige a participação de pelo menos 50% dos eleitores.

Na eleição de 2013, o índice de participação foi de 64%.