Chefes militares da América do Sul e dos Estados Unidos avaliam a partir desde quarta-feira, em Lima, as principais ameaças à região, como terrorismo, narcotráfico e mudanças climáticas, durante a VII Conferência de Defesa da América do Sul, que tem a crise venezuelana como pano de fundo.

“Esta reunião tem por objetivo discutir experiências em relação a temas de terrorismo, ciberdefesa e outros crimes transnacionais, como o narcotráfico”, disse o ministro peruano da Defesa, Jorge Nieto, ao abrir o evento.

Na presença do chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, almirante Kurt W. Tidd, e de chefes militares de Brasil, Estados Unidos, Argentina, Chile, Colômbia, Paraguai, Peru e Uruguai, o ministro ressaltou que a região soma aos problemas do passado novas incertezas, como as relacionadas à mudança climática global.

“Esta reunião demonstra nosso interesse em fortalecer relações com os países da região, de nos unir como parceiros e verdadeiros amigos que acolhem todas as ideias e perspectivas”, afirmou o Chefe do Comando Sul, o almirante Tidd.

O militar americano defendeu a promoção “do intercâmbio de ideias” entre as instituições armadas presentes, “as quais ajudarão a melhorar a segurança e a prosperidade de nossas nações”.

O encontro ocorre enquanto se dissipa a tensão criada pelo presidente americano, Donald Trump, que há duas semanas declarou que seu país avaliava uma opção militar na Venezuela.

Para fazer frente às ameaças concretas na região, o titular de Defesa peruano pediu aos países participantes que compartilhem informações “para encontrar as maneiras adequadas de se fazer do nosso mundo um mundo mais seguro”.

A Conferência de Defesa da América do Sul é uma das três conferências regionais de segurança que o Comando Sul dos Estados Unidos realiza para “trocar experiências entre autoridades de Defesa e Segurança da região”.