Milhares de pessoas protestavam nesta quinta-feira em Bruxelas contra as medidas econômicas “antissociais” do governo belga do liberal Charles Michel, no quarto protesto nacional desde a sua chegada ao poder, há dois anos.

Um total de 70.000 pessoas participaram do protesto, segundo os sindicatos, um número que a polícia reduziu a 45.000. Os serviços de transporte público foram afetados por este dia de manifestações interprofissionais, assim como os serviços da administração e ensino.

“Este governo é o mais antissocial destes últimos 30 anos”, denunciou o presidente do sindicato FGTB, Rudy de Leeuw, no início da manifestação.

Esta organização sindical de tendência socialista, assim como o sindicato de cunho liberal CGSLB, estimam que os dois anos de governo de Michel se resumem em “uma proteção social reduzida, trabalhar mais e mais tempo por menos e de maneira cada vez mais flexível”, assim como na “distribuição de presentes às grandes fortunas e às empresas”.

O liberal francófono Charles Michel chegou ao governo em outubro de 2014, com o apoio de três partidos conservadores flamencos, e desde então irritou representantes sindicais com medidas como o congelamento temporário de salários, ou o adiamento da idade de aposentadoria dos 65 aos 67 anos.