A produção e a exportação de veículos no México teve alta em junho, alcançando uma marca recorde para o primeiro semestre, um mês antes de começar a renegociação do Nafta, acordo comercial decisivo para o sucesso do setor automotivo.

As montadoras de veículos do México, símbolos da integração comercial e produtiva criada pelo Tratado de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta), produziram 1.884.315 veículos entre janeiro e junho deste ano, 12,6% a mais que no mesmo período de 2016.

Esse é o mais alto registro no primeiro semestre desde que começou a ser contabilizado, em 1988, diz um relatório divulgado nesta segunda-feira pela Associação Mexicana da Indústria Automotriz (Amia), a principal do setor.

Neste mesmo período, as exportações somaram 1.513.334 unidades, 14% mais que no ano passado e um recorde histórico, indicou a Amia.

As automobilísticas estão entre as maiores beneficiadas pelo Nafta, vigente desde 1994 e que será renegociado a partir de 16 de agosto, por exigência do presidente americano Donald Trump, que considera o acordo “desastroso” para a indústria e o emprego em seu país.

Em junho, as montadoras mexicanas produziram 334.606 unidades, expansão de 4,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior. As exportações subiram 12%, a 276.626 veículos, segundo dados da Amia.

Aproximadamente 76% das exportações de veículos mexicanos são destinadas aos Estados Unidos, seu maior parceiro comercial, e 9% para o Canadá.

“Em junho de 2017, os veículos mexicanos representaram 14,7% do total de veículos leves vendidos nos Estados Unidos”, destacou a Amia num comunicado, citando dados da publicação especializada Ward’s Automotive.

Entre as empresas internacionais com maior produção de veículos leves no México estão a Nissan, a General Motors, a Fiat-Chrysler, a Volkswagen e a Ford.