O governo do México apresentou uma proposta de orçamento para o Congresso nesta sexta-feira. O documento inclui uma perspectiva de crescimento mais alto que a estimativa anterior, mas existem planos para restringir ainda mais os gastos.

O orçamento apresentado pelo ministro das Finanças, José Antonio Meade, estima que a economia mexicana crescerá entre 2% e 2,6% neste ano, acima do intervalo anterior de 1,5% e 2,5%. É a segunda revisão ascendente em menos de seis meses e vem poucos dias depois do banco central do país melhorar suas próprias estimativas de crescimento.

No começo do ano, analistas temiam que a economia do México pudesse entrar em recessão devido à retórica protecionista do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O peso mexicano atingiu uma baixa recorde no fim de janeiro em meio a preocupações com uma possível saída dos EUA do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês). No entanto, desde que Trump assumiu o cargo, o peso avançou ante o dólar e a volatilidade financeira diminuiu, de acordo com o Ministério das Finanças, em comunicado.

A instituição disse, ainda, que a demanda interna se manteve sólida, enquanto as exportações de produtos manufaturados, um dos principais motores do crescimento mexicano, se beneficiaram de um peso mais fraco e do aumento da demanda industrial americana. “Os dados econômicos disponíveis indicam um desempenho econômico significativamente melhor em 2017 do que o esperado no início do ano”, disse o Ministério. Para 2018, espera-se que a economia cresça entre 2% e 3%.

Meade, amplamente visto como um possível candidato presidencial do atual partido no poder no país, afirmou que o orçamento procura proporcionar estabilidade econômica e certeza aos investidores.

O México começou a reduzir as despesas públicas em 2015, depois de uma queda nos preços do petróleo afetar a receita das exportações de óleo cru. O governo, agora, espera um superávit primário de 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018, bem acima do superávit de 0,4% esperado para este ano. Incluindo pagamento de juros, o México espera um déficit de 2,3% neste ano e de 2% no próximo ano, longe do déficit recorde de 4,6% do PIB registrado em 2014. Fonte: Dow Jones Newswires.

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