A abertura dos dados do Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 3, mostra que as instituições financeiras seguiram projetando uma inflação de 4,25% em 2019. Este porcentual é projetado desde o início de abril deste ano, sem alterações.

Na última quinta-feira, 29, o Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu meta de 4,25% para a inflação em 2019 – justamente o que está projetado no Focus. A margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (inflação de 2,75% a 5,75%).

A abertura dos dados do Focus mostrou também recuo da projeção de inflação de 2020, de 4,25% para 4,00%. Este ajuste ocorre após o CMN definir uma meta de 4,00% para o ano. Na prática, a mudança no Focus indica que o mercado financeiro acredita que o BC conduzirá a inflação de 2020 para os 4,00%, como se propôs a fazer.

Juros

Os economistas do mercado financeiro passaram a projetar dois cortes consecutivos de 0,75 ponto porcentual da Selic, nos encontros de julho e de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom). Esta expectativa consta na abertura dos dados do Relatório de Mercado Focus, divulgado pelo Banco Central.

Até a semana passada, a projeção era de um corte de 0,75 ponto em julho e de uma redução de 0,50 ponto em setembro. Depois, haveria novamente corte de 0,50 ponto em outubro, com a Selic chegando a 8,50% ao ano e encerrando 2017 neste patamar.

Agora, conforme as novas projeções, após os dois cortes de 0,75 ponto porcentual, em julho e setembro, o Copom reduzirá a Selic em mais 0,25 ponto em outubro, com a taxa básica chegando nos mesmos 8,50% ao ano. No encontro de dezembro, não seria feito nenhum corte.

Para a reunião do Copom de janeiro, porém, houve outra mudança no Focus. Até a semana passada, as projeções indicavam a manutenção da Selic em 8,50% ao ano ao longo de 2018. Agora, a projeção mediana é de novo corte da taxa em janeiro, de 0,25 ponto porcentual, para 8,25% ao ano. A partir daí, conforme as expectativas, a Selic permaneceria neste patamar ao longo de 2018, até o encerramento do ano.