A Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) anunciou neste domingo a morte de um de seus membros, de nacionalidade americana, na explosão de uma bomba na passagem de sua patrulha pela região leste da Ucrânia.

Posteriormente, o chefe da Missão de Observação Especial (SMM) da OSCE na Ucrânia, Alexander Hug, informou, em coletiva de imprensa, em Kiev, que outros dois observadores, um checo e outro alemão, ficaram feridos na explosão e foram hospitalizados.

A morte do americano é a primeira de um integrante da SMM da OSCE na Ucrânia desde o envio da mesma, há três anos.

“A explosão provocou a morte de um membro da patrulha da OSCE, um cidadão dos Estados Unidos”, declarou Sebastian Kurz, ministro austríaco das Relações Exteriores e presidente em exercício da organização, em coletiva de imprensa em Kiev.

Os nomes das vítimas serão divulgados assim que forem informados aos familiares, segundo a OSCE.

Centenas de observadores da OSCE se encarregam de vigiar o respeito aos acordos de paz no leste rebelde pró-russo da Ucrânia, onde morreram mais de 10.000 pessoas desde que o conflito começou, em abril de 2014.

Kurz pediu uma “investigação profunda” e afirmou que os responsáveis terão que prestar contas.

Os separatistas de Lugansk afirmaram, por sua vez, que a patrulha da OSCE tinha deixado a estrada principal e seguia um trajeto pouco seguro.

A patrulha passou por uma mina perto da localidade de Prychyb, na região separatista de Lugansk.

“Sabemos que esta patrulha se desviou da estrada principal e circulava por estradas secundárias, o que é proibido pelo mandato da SMM”, destacaram em um comunicado publicado na internet.

“Advertimos várias vezes à SMM e à OSCE que é preciso respeitar as medidas de segurança”, acrescentou. A afirmação dos rebeldes não pôde ser confirmada até o momento.

A Rússia é acusada pelas autoridades ucranianas e pelo Ocidente de apoiar militarmente os rebeldes ucranianos, o que Moscou desmente.