Citando Nelson Rodrigues, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, rebateu nesta quarta-feira, 24, o deputado Patrus Ananias (PT-MG) afirmando que o poeta dizia que “nada é mais brutal do que o fato”. Em sua participação na Comissão Especial da Câmara dos Deputados sobre a Proposta Constitucional (PEC), o dirigente da Fazenda prosseguiu ressaltando que o fato concreto é que o Brasil está, hoje, em recessão. Para ele, a experiência mostra que a melhor política social é a de criação de emprego, enquanto que a pior é a que aumenta o desemprego.

“As politicas de assistência sociais são importante complementarmente. É importante que se crie emprego. Precisamos ajustar as finanças públicas”, disse.

Ele evitou concordar com a fala do deputado, que defendeu que os interesses setoriais prevalecem no Brasil. Para Meirelles, existem interesses setoriais, mas existe também o interesse coletivo e esse deve prevalecer.

A avaliação de Meirelles é de que é preciso, em primeiro lugar, não cortar despesas públicas, mas colocar um ritmo de expansão financiável seja por aumento de tributo ou por financiamento.

Resposta.

Ao responder a mais um questionamento do deputado Patrus Ananias e ex-ministro da presidente afastada, Dilma Rousseff, Meirelles afirmou que “a CPMF é regressiva, penaliza muito as classes mais pobres”.

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“O senhor está mencionando fatos que são consequências do passado e não do futuro. Olhando pra frente, queremos ver uma estabilização, não corte de despesa”, disse.

O ministro avaliou também que nada vai funcionar no País se tivermos um déficit crescendo dessa maneira, com risco de colapso. “O problema é que temos que, de fato, controlar as despesas”, destacou. Meirelles também defendeu que a Agricultura será beneficiada com um maior crescimento do País, da demanda e pela queda da inflação e uma maior estabilidade.


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