Luiz Inácio Lula da Silva lidera com folga todos os cenários das eleições de 2018, seguido do ultradireitista Jair Bolsonaro, mesmo que o ex-presidente esteja respondendo a vários processos relacionados com corrupção, segundo pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira (19).

A pesquisa também mostrou uma queda na aprovação do governo de Michel Temer, cujos resultados de aprovação caíram para 3,4%, contra 10,3% em fevereiro, repetindo a mesma imagem política do Brasil registrada em todas as pesquisas nos últimos meses.

O desempenho pessoal de Temer, que na semana passada foi acusado pela Procuradoria Geral da República de comandar uma organização criminosa para espoliar o Estado, tem a rejeição de 84,5% dos entrevistados contra 62,4% em fevereiro.

O líder da esquerda, condenado a quase 10 anos de prisão por envolvimento no esquema de propinas na Petrobras e acusado em outros processos, venceria nos nove cenários eleitorais previstos, tanto para o primeiro quanto o segundo turno, de acordo com a pesquisa realizada entre os dias 13 a 16 de setembro, com 2.002 pessoas e margem de erro de 2,2 pontos percentuais.

Se a eleição de outubro de 2018 ocorresse hoje, o ex-presidente teria um total de 32,4% de votos, seguido de Bolsonaro, com 19,8% e da líder ambientalista Marina Silva, com 12,1%. Os demais candidatos não ultrapassariam um dígito.

Lula, que foi presidente entre 2003 e 2010, pode ter a sua candidatura impedida, e até mesmo ser preso, se o processo pelo qual responde diante do juiz Sérgio Moro tiver a condenação confirmada em segunda instância. Ainda assim, sua intenção de voto cresce, mesmo que o turbulento cenário político do Brasil esteja cercado de incertezas em um curto prazo.

No caso de um segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o cofundador do Partido dos Trabalhadores (PT) teria entre 39,8% e 41,8% dos votos, enquanto que o deputado defensor da ditadura receberia 28,5% dos votos.

Por outro lado, o índice de reprovação de Lula (50,5% dos entrevistados afirmam que jamais votariam nele) é superior ao de Bolsonaro (45,4%).

Já a baixa popularidade do governo Temer parece não ter um limite: 75,6% o consideram “ruim” ou “péssimo”, em comparação com 44,1% de fevereiro e apenas 3,4% o avaliam como “bom” ou “ótimo”.