O líder do PHS na Câmara, Diego Garcia (PR), afirmou nesta terça-feira, 25, que o partido não trocará seus votos a favor das reformas da Previdência e trabalhista por causa de cargos oferecidos pelo governo. “Não negociamos cargos em hipótese alguma, seja em troca de cargos ou de qualquer outra coisa. Nossa ética não está à venda, assim como não comercializamos nosso compromisso com o povo brasileiro, que nos elegeu para representá-lo”, afirma o deputado paranaense em nota.

Como mostrou reportagem do Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, de ontem, o governo deu início a uma ofensiva sobre os partidos nanicos na Câmara em busca de apoio para aprovar as reformas. Na negociação, interlocutores do Executivo no Congresso Nacional oferecem cargos no terceiro escalão do Executivo que essas legendas pleiteiam, desde que, em troca, garantam que a maioria de suas bancadas votará a favor das reformas.

Com o PHS, cuja bancada é de sete deputados, a negociação tem sido “caso a caso”. De acordo com interlocutores do governo no Congresso, o partido pleiteia algumas diretorias em órgãos do terceiro escalão e deve ser atendido. Entre os nanicos, a sigla é o que mais preocupa o Palácio do Planalto. Na primeira votação da urgência da reforma trabalhista, por exemplo, os cinco deputados do partido presentes em plenário votaram contra.

Na nota, o líder do PHS afirmou que a bancada votará de acordo com o que entende ser o melhor para o povo brasileiro. “Não podemos ser culpados pela austeridade das reformas propostas, declaradamente impopulares, ainda mais quando tentam nos igualar aos políticos que firmam acordos nos subterrâneos, que tratam de negociatas às sombras”, afirmou Garcia.


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