São Paulo, 23/1 – O leilão da Usina Madhu, da Renuka do Brasil, que ocorreria nesta segunda-feira, 23, foi suspenso por ordem judicial e não tem nova data para ocorrer. O pedido de suspensão partiu do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no último dia 16, e o Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu o efeito suspensivo. Titular da garantia hipotecária da indústria e credora no processo de recuperação judicial da companhia sucroalcooleira, o BNDES já havia pedido o cancelamento do primeiro leilão da unidade, em dezembro. Na ocasião, o TJ-SP negou o pedido. De acordo com fontes próximas à negociação ouvidas pelo Broadcast Agro (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), a Renuka do Brasil entrou na quinta-feira, 19, com um pedido de reconsideração da decisão judicial. Caso esse pedido seja aceito, a empresa precisará novamente montar um edital de leilão da unidade, o que levaria “algumas semanas”, explicou uma das fontes. Localizada em Promissão (SP), a Usina Madhu tem capacidade instalada para processar 6,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra. A indústria será vendida como uma Unidade Produtiva Isolada (UPI), sem pendências para o comprador. A primeira tentativa de venda ocorreu em 19 de dezembro, com lance mínimo de R$ 700 milhões. Sem interessados, um novo leilão havia sido remarcado para esta segunda-feira, com propostas livres, mas agora a venda da indústria está em suspenso. A Renuka do Brasil entrou com pedido de recuperação judicial em outubro do ano passado. Além da Usina Madhu, também administra a Revati, em Brejo Alegre, no interior paulista. Ambas as unidades podem processar mais de 10,5 milhões de toneladas de cana por temporada. Juntamente com a Renuka Vale do Ivaí, que tem duas usinas no Paraná, a Renuka do Brasil é controlada pela indiana Shree Renuka Sugars, que tem capital aberto na Bolsa de Mumbai, no país asiático.