Voláteis, os juros futuros abriram em alta, passaram a cair em sintonia com o dólar no mercado à vista, mas voltaram a subir na manhã desta quinta-feira, 25, refletindo cautela com a crise política, segundo um profissional de renda fixa.

Circulam informações nas mesas de instituição financeira de que a Procuradoria Geral da República deve pedir abertura de outro inquérito envolvendo Michel Temer, dessa vez tendo como embasamento diálogo entre o mesmo e Rodrigo Rocha Loures e eventual tráfico de influência tendo como parte interessada uma empresa que atua no porto de Santos. Os comentários se apoiam em reportagem de uma agência de notícias estrangeira de que Temer teria vazado informações sobre um decreto que ainda não havia sido assinado.

Segundo um operador de renda fixa, as taxas já subiram na quarta na sessão estendida reagindo à violência nas manifestações contra as reformas trabalhista e da Previdência e a favor da saída de Michel Temer e de Diretas Já. Mais cedo, os juros recuaram pelo fato de não haver leilão de títulos e diante da proximidade da reunião do Copom (dias 30 e 31), quando se espera que a Selic volte a cair, disse o profissional.

Às 9h50, o DI para janeiro de 2018 marcava 9,575%, de 9,555% no ajuste de quarta. O DI para janeiro de 2019 exibia 9,71%, de 9,67%. Já o vencimento para janeiro de 2021 estava em 10,73%, de 10,67% on ajuste anterior.

O dólar á vista já quase devolvia a queda e recuava apenas 0,08% a R$ 3,2776 no mercado á vista, ante mínima aos R$ 3,2636 e máxima após a abertura, aos R$ 3,2846. O dólar futuro para junho caía apenas 0,03%, após recuar até mínima aos R$ 3,2675 e de subir até R$ 3,2880 mais cedo.

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