Uma advogada americana acusou o juiz conservador da Suprema Corte Clarence Thomas de assédio sexual praticado em 1999, revelou nesta quinta-feira a publicação especializada National Law Journal.

Moira Smith revelou o assédio no Facebook em 7 de outubro, no mesmo dia em que o jornal Washington Post publicou um vídeo, de 2005, no qual o candidato republicano Donald Trump se gaba de abusar sexualmente de mulheres por sua condição de celebridade.

Smith, que tinha 23 anos na época, revelou no Facebook que Thomas passou a mão em suas nádegas várias vezes durante um jantar na casa de seu chefe em Falls Church, Virgínia, na região de Washington.

“Me passou a mão quando eu punha a mesa, sugerindo que me sentasse a seu lado”, escreveu Smith no Facebook, segundo o National Law Journal.

“Esta acusação é absurda, isto não aconteceu”, disse Thomas, 68 anos, em declaração à mesma publicação.

A página de Smith no Facebook – desativada em seguida por ela – não revelava outros detalhes do suposto assédio de Thomas.

Único afro-americano na Suprema Corte, Thomas é um pilar dos conservadores e foi nomeado em 1991 pelo presidente George H.W. Bush.

A confirmação de Thomas pelo Senado foi marcada pela acusação de uma ex-funcionária, Anita Hill, também de assédio sexual.

Smith, hoje com 41 anos e vice-presidente da Enstar Natural Gas Co., no Alasca, disse que decidiu denunciar o assédio de Thomas após tomar conhecimento dos comentários de Trump.