O Senado dos Estados Unidos confirmou nesta quinta-feira a nomeação do próximo embaixador de Washington em Israel, David Friedman, um advogado judeu americano próximo a Donald Trump e polêmico por seus posicionamentos radicais a favor da colonização dos territórios palestinos.

Durante uma votação do Senado, Friedman recebeu 52 a favor e 46 contra. Dois senadores democratas votaram pelo advogado e dois legisladores republicanos não participaram da sessão.

Imediatamente depois, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tuitou que “David Friedman será calorosamente recebido como representante do presidente Trump e amigo próximo de Israel”.

A senadora democrata Dianne Feinstein votou contra o futuro embaixador, considerando-o “muito divisivo para servir em um dos cargos diplomáticos mais sensíveis”.

“Suas perigosas opiniões e sua odiosa retórica desestabilizarão mais ainda esta região já volátil”, protestou a senadora.

A organização de esquerda J Street declarou, como forma de alento, que “cerca de metade do Senado votou contra um candidato não qualificado, e nem adequado”.

Já a direitista Republican Jewish Coalition comemorou a confirmação deste “confidente de longa data de Trump”, graças a quem “a relação entre Estados Unidos e Israel se fortalecerá”.

Friedman também se mostrou à favor de transferir a embaixada dos Estados Unidos de Tel Aviv para Jerusalém, um dos projetos de campanha de Donald Trump que suscitou grande polêmica internacional e do qual não voltou a falar.