ANCONA, 20 ABR (ANSA) – No mês de abril, o parque do Monte Conero, na província italiana de Ancona, festeja seus 30 anos de existência, que foram marcados por muita natureza, ar puro, esporte e arte. Com seis mil hectares de área protegida que se espalha pelos municípios de Ancona, Camerano, Numana e Sirolo, o parque é uma joia do Adriático italiano. Além do magnífico monte, de 572 metros de altura, o local também conta com bosques e trilhas que terminam no mar, em enseadas repletas de rochedos e pedras arredondadas pela ressaca das marés. As cavernas e pedreiras abandonadas fazem do parque um livro da história geológica da região e o medronheiro é o maior símbolo do território, que ainda é dominado por plantas como eufórbias arborescentes, matthiolas incanas e ervas-doces selvagens. Todo o parque também é uma zona de migração de várias espécies de aves de rapina, e, aos mais pacientes, o Monte Conero também oferece o espetáculo do voo das garças-reais-europeias. Além disso, são 18 as trilhas que podem ser percorridas a pé sozinho, acompanhado com grupos e guias ou até de mountain bike.   

No ponto mais alto do monte está a Igreja de São Pedro com os restos de um mosteiro do ano 1000. Já no vale se encontra a baía de Portonovo, onde é possível visitar a pequena igreja de Santa Maria, um dos exemplos mais originais da arte e arquitetura românica no Adriático. Nessa região do parque, que fica aberto ao público gratuitamente de quintas-feiras a domingos, é indispensável provar os “moscioli selvatici”, um tipo de mexilhão que se encontra apenas na região e que é acompanhado por “paccasassi”, tipo de tempero do Conero. Visitar as cidades que englobam o parque também é recomendado.   

Sirolo, por exemplo, é um vilarejo medieval no interior de uma rocha fortificada que “pende” sobre o Mar Adriático e tem belas praias. Já Numana é uma vila que vive ao entorno do seu antigo porto e que conta com praias de areia branca, ótimos restaurantes e com o Antiquarium, espaço que conserva a tumba da “rainha picentina”, descoberta em Sirolo em 1989, e outras antiguidades da cultura do Piceno, região das Marcas no litoral Adriático durante a República Romana. (ANSA)