Fechamento das instalações, redução de pessoal e da capacidade dos estádios: os organizadores anunciaram nesta sexta-feira (19) um novo corte na envergadura dos Jogos Paralímpicos Rio-2016, que acontecem de 7 a 18 de setembro na cidade, na tentativa de limitar gastos.

“Nunca antes, ao longo de 56 anos de história dos Jogos Paralímpicos, fomos confrontados com tais circunstâncias”, lamentou o presidente do Comitê Internacional Paralímpico (IPC, na sigla em inglês), Philip Craven, em entrevista coletiva.

“A situação é difícil para todos aqueles que estão envolvidos”, afirmou Craven, acrescentando que os Jogos enfrentam “desafios organizacionais e financeiros consideráveis”.

Ainda segundo Craven, pelo menos dez países correm o risco de não comparecer ao evento, devido ao atraso no financiamento para as viagens de seus atletas, por parte do Comitê organizador da Rio-2016.

“O IPC está trabalhando com eles para encontrar soluções e garantir sua participação”, explicou, lembrando que os primeiros atletas são esperados a partir de 31 de agosto.

Financiados 100% com recursos privados, os caixas do Comitê de Organização dos JO-2016 estão esvaziados, de acordo com seus responsáveis, que pediram ajuda aos poderes públicos.

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A cidade do Rio se propõe a desembolsar até R$ 150 milhões para fechar o orçamento, enquanto o governo federal oferece outros R$ 100 milhões, por meio do patrocínio de empresas públicas, segundo Philip Craven.

O presidente do IPC adverte que essas novas partidas “não permitirão cobrir o déficit da Rio-2016”.

Essa nova redução de envergadura “ter impacto em todas as partidas nos Jogos Paralímpicos”, advertiu.

As provas de esgrima, por exemplo, serão deslocadas de Deodoro para o Parque Olímpico.

Cortes já haviam sido anunciados em matéria de transportes e na qualidade da alimentação dos atletas.

Na última quarta-feira, a Justiça brasileira autorizou o desbloqueio de recursos públicos ao Comitê organizador para garantir a realização dos Jogos.

Além dos problemas financeiros, o prefeito Eduardo Paes admitiu outro motivo de preocupação: a venda de ingressos.

“A gente imaginava uma venda bem maior de entradas. E a gente não tem hoje quase nenhuma entrada vendida”, afirmou Paes, que acredita em que os brasileiros vão comprar os ingressos na última hora.

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