O Botafogo não poderá contar com dois dos seus principais jogadores no duelo de volta da semifinal da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, às 21h45, no Maracanã, contra o Flamengo. O zagueiro Joel Carli, xerife da zaga alvinegra, e o atacante Rodrigo Pimpão terão de cumprir suspensão após terem sido punidos com cartões no confronto de ida do mata-mata. Nesta terça, porém, o técnico Jair Ventura minimizou o peso dos desfalques e lembrou que o time botafoguense já superou outras situações em que também atuou sem atletas importantes nesta temporada.

“São duas baixas significativas, mas já passamos por isso no ano. Acreditamos na força do elenco”, ressaltou o comandante, em entrevista coletiva, na qual lembrou que o Botafogo vem avançando nas competições eliminatórias desta temporada, em que se vê envolvido também nas quartas de final da Copa Libertadores. “Estamos passando por mata-matas desde o início do ano. Estamos acostumados com essa situação”, reforçou.

Jair aproveitou os desfalques confirmados que tem na equipe para fazer mistério ao ser questionado sobre quais serão os substitutos que mandará a campo.

“Posso optar por um zagueiro mais jovem e que é o bom no um contra um, que é o Marcelo, ou o Emerson Silva, que é um cara mais experiente. Não vai fugir disso. É bom que eu posso escolher”, afirmou Jair Ventura, sorrindo. A tendência, porém, é a de que Marcelo herde a vaga aberta por Joel Carli, expulso no duelo de ida, e forme dupla de zaga titular com Igor Rabello nesta quarta.

Já para o lugar de Pimpão, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Guilherme deverá ser o escolhido para fazer parceria de ataque com Roger. E isso ficou claro nos próprios elogios do treinador ao jogador nesta terça. “Ele é praticamente, depois da torcida, nosso 12º jogador. Entra praticamente em todos os jogos. Ele tem o poder do drible no um contra um”, disse, para pouco depois despistar: “Se ele sair jogando, você já joga o seu curinga de cara. Mas ele já iniciou outros jogos e foi bem. Posso jogar com o curinga no início ou guardar para depois”.

SEM VANTAGEM – Jair também evitou mostrar otimismo exagerado ao ser questionado na entrevista coletiva se o Botafogo possui alguma vantagem por poder avançar à final com um empate com gols nesta quarta, tendo em vista o maior peso que as bolas na rede têm em caso de igualdade no placar para o time visitante após o confronto de ida do mata-mata acabar em 0 a 0.

“A vantagem seria nossa se tivéssemos feito um gol e vencido a primeira partida. Por isso não vejo vantagem. Vejo um jogo totalmente aberto. É lógico que, se você for ver os primeiros 90 minutos, nós não levamos gols em casa, mas também não fizemos. Está tudo em aberto e em um clássico tudo pode acontecer”, alertou.

E a dificuldade extra imposta pelo fato de o Botafogo entrar em campo desfalcado é vista também como um fator extra de motivação para Jair Ventura, pois, na sua opinião, poderá tornar uma possível classificação à final ser considerada ainda mais saborosa. E ele espera que os episódios de violência entre torcedores, como os vistos no duelo de ida desta semifinal, não voltem a acontecer.

“Quanto mais difícil, mais comemorado. (O Flamengo) É nosso grande rival, mas que seja o clássico da paz. Rivalidade durante o jogo. Tivemos alguns incidentes fora de campo e que não se repitam. Foi um jogo muito ruim tecnicamente, as duas equipes foram muito abaixo. Por ser o segundo jogo, acredito em um jogo melhor e muito equilibrado”, aposta.