LA SPEZIA, 19 MAI (ANSA) – Foi confirmado para 2025 o primeiro teste experimental de fusão nuclear com o reator ITER, considerado o maior do mundo e fruto de um projeto envolvendo 35 países.   

O International Thermonuclear Experimental Reactor (ITER) está sendo construído no centro de pesquisas de Cadarache, em Saint-Paul-lès-Durance, no sul da França. “Quando iniciamos o projeto, havia um grande entusiasmo e os 35 países tinham colocado um prazo para 2017”, contou o diretor da planta, Bernard Bigot.   

O primeiro equipamento magnético daquele que é considerado o maior projeto experimental de fusão nuclear do planeta foi apresentado nesta sexta-feira (19), em uma fábrica da empresa ASG Superconductors na cidade de La Spezia, noroeste da Itália.   

O ímã tem fabricação italiana e é o mais sofisticado do mundo, medindo 14 metros de altura e nove de largura. Com 300 toneladas, a peça possui o mesmo peso de um Boeing 747 e o formato de uma letra D gigante.   

O ITER contará com mais 17 equipamentos magnéticos semelhantes, sendo que outros oito serão produzidos em La Spezia – os nove restantes serão fabricados no Japão. “Estamos muito orgulhosos, nós e todos aqueles que trabalharam para construí-lo. Foram necessários cinco anos para fazer o protótipo”, disse o presidente da ASG, Davide Malacalza.   

A fusão nuclear é considerada uma espécie de “Santo Graal” da energia limpa e imita o processo que acontece no coração das estrelas, onde átomos de hidrogênio se comprimem e produzem hélio, gerando imensas quantidades de energia.   

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O projeto ITER nasceu em 1985, por iniciativa dos Estados Unidos e da União Soviética, e mais tarde recebeu a adesão da União Europeia e de países como Índia, China, Japão e Coreia do Sul, totalizando 3,5 mil pesquisadores. Estima-se que a construção do reator custará cerca de US$ 14 bilhões. (ANSA)


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