As autoridades israelenses aprovaram, neste sábado (1º), a construção de 98 casas em uma colônia da Cisjordânia e em uma zona industrial israelense perto de Ramallah – anunciou a ONG A Paz Agora, contrária aos assentamentos.

“Enquanto os dirigentes do mundo se reuniam para honrar a memória de Shimon Peres (falecido ex-presidente israelense) e a via que pregava a paz, o governo israelense cria um novo obstáculo para uma solução com dois Estados” – israelense e palestino, afirmou a porta-voz dessa ONG israelense, Hagit Ofran.

Os dois projetos foram aprovados na quarta-feira pela Alta Comissão de Planejamento, da administração militar israelense, depois de conseguir o aval do ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, relatou Hagit Ofran.

A previsão é que as novas casas sejam construídas perto da colônia de Shilo, no leste de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, afirmou a ativista.

“Sem dúvida, trata-se de uma compensação acordada pelo governo com os colonos residente no assentamento de Amona”, disse a representante da organização.

O assentamento de Amona é uma colônia ilegal localizada na Cisjordânia ocupada. Lá vivem cerca de 200 pessoas.

Amona é ilegal não apenas segundo a lei internacional, mas também segundo a israelense. Foi construído nos anos 1990 sem autorização em terras privadas palestinas.

A Suprema Corte israelense decidiu que a colônia, onde vivem cerca de 40 famílias israelenses, deve ser destruída e estabeleceu 25 de dezembro como prazo.

Para a comunidade internacional, a presença de cerca de 600.000 colonos israelenses nos territórios palestinos ocupados é um dos principais obstáculos para resolver o conflito entre israelenses e palestinos, que já dura sete décadas.

E o avanço das colônias contribui para deixar ainda mais distante a solução de dois Estados coexistindo em paz.