ROMA, 18 AGO (ANSA) – Driss Oukabir, o irmão do terrorista que dirigiu a van no atentado ocorrido em Barcelona e que está preso por suposta ligação com o ataque, passou férias na Itália em 2014, informou a Divisão de Investigações Gerais e Operações Especiais (Digos) da Polícia italiana nesta sexta-feira (18).   

De acordo com a diretora da entidade em Viterbo, Monica Morelli, “não há mistérios” sobre sua passagem pelo território italiano. Ainda na noite de ontem (17), quando a Inteligência italiana foi notificada pelas autoridades espanholas sobre a passagem de Oukabir pelo território do país, os agentes conseguiram identificar a mulher que pagou a passagem aérea e hospedou o marroquino.   

Os dados coletados mostraram, segundo Morelli, que não há nenhuma ligação com o atentado em Barcelona.   

“Nós verificamos a informação que chegou para o Antiterrorismo sobre essa viagem em agosto de 2014 de Driss Oukabir da Espanha para o aeroporto de Fiumicino com uma passagem comprada por uma mulher residente em Viterbo. Nós a encontramos e a ouvimos na noite de ontem e ela confirmou tudo”, disse a diretora aos jornalistas.   

Segundo o depoimento, eles se “conheceram em um local de Barcelona em agosto de 2014 durante as férias da senhora, nasceu uma simpatia, eles passaram alguns dias juntos e decidiram se ver novamente na Itália”. Ainda de acordo com a anfitriã, ele ficou “uma dezenas de dias” no país e depois voltou para a Espanha.   

“Foi uma aventura avulsa, sem qualquer contexto religioso ou integralista. Verificamos tudo e não há ligação com a tragédia”, finalizou Morelli.   

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O caso chamou a atenção da mídia italiana porque, nos recentes atentados cometidos em diversos países europeus, alguns dos terroristas tinham um histórico ou de moradia ou de radicalização na Itália.   

No dia 3 de junho, no atentado terrorista em Londres, um ítalo-marroquino identificado como Youssef Zaghba foi um dos responsáveis pela ação que deixou sete mortos.   

Já no atentado ocorrido em Berlim, quando um homem jogou um caminhão contra um mercado de Natal matando 12 pessoas, o motorista era o tunisiano Anis Amri, que havia sido preso na Itália. Dias após cometer o crime, ele voltou para o país da bota e foi morto por agentes de Milão. (ANSA)


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